13 de jan. de 2016

Fortunate Son: quatro vídeos de John Fogerty em Las Vegas



A vida dá umas voltas engraçadas na gente: em 2011, amarguei a dor de não assistir ao show de John Fogerty -- o vocalista e principal compositor do Creedence Clearwater Revival -- em São Paulo, porque o show do Teenage Fanclub na The Week caía no mesmo dia. Cinco anos depois, enviado especial do Estadão a Las Vegas, pude fazer um pequeno acerto de contas com o passado e conferir a estreia da turnê Fortunate Son, baseada no último livro de memórias lançado pelo músico americano. O que eu vi no Venetian Theater -- teatro de um dos principais cassinos da cidade do pecado -- foi uma aula de rock'n'roll, com uma pitada de breguice que não comprometeu o resultado final. 



26 de jun. de 2015

Melhor Hambúrguer da Cidade: Lanchonete da Cidade

Em qualquer discussão sobre hambúrgueres paulistanos que se preze, é difícil passar incólume pela Lanchonete da Cidade. Criada em 2004 (e hoje transformada em franquia com diversas filiais pela capital paulista), a hamburgueria da Cia. Tradicional de Comércio (dona de bares como o Astor e o Pirajá) pode ser considerada uma das precursoras da onda que transformou a junção de pão, carne e queijo em algo além de uma comida rápida para o paulistano. O que é, ao mesmo tempo, algo bom e ruim -- o respeito ao passado e a escolha por bons ingredientes contam a favor da casa, mas tudo tem seu preço. 

9 de jun. de 2015

Melhor Hambúrguer da Cidade: Brewdog Bar

"We found love in a hopless place" pode ser apenas um refrão bacana da Rihanna cantado por muita gente em baladas por aí de forma errada, mas também foi a primeira coisa que eu pensei ao experimentar o hambúrguer do bar da Brewdog, em São Paulo, na última semana. É aquela coisa: depois de muitas experiências erradas no que diz respeito a hambúrgueres em bares transados, achei que não ia dar certo dessa vez - mas deu. E muito. Mas vamos com calma. 

Aberto no começo de 2014 em São Paulo, o bar da Brewdog (também chamado de... Brewdog Bar) traz para a capital paulista o ideal de "cerveja artesanal para pessoas comuns" tão celebrado pela cervejaria escocesa, dona de alguns dos mais provocantes rótulos de cerveja lançados nos últimos anos. É o caso da Punk IPA e da Hardcore IPA, duas das cervejas que experimentei em versão "de barril" quando estive lá no último domingo (7), para comemorar meu aniversário de namoro (óun) de 1 ano e 2 meses. E confesso que fui mais atraído pelas boas cervejas do que pelos eventuais petiscos que o bar - localizado em Pinheiros, do lado Instituto Tomie Othake - demonstrava ter. 

21 de mai. de 2015

B.B. King e Castanhas do Pará - Confraria S&Y #22

A Polícia Federal permanece incapaz de prender eu, Tiago Trigo, Tiago Agostini, Marco Tomazzoni, Renato Moikano e Marcelo Costa por operação de quadrilha, então a gente continua fazendo podcasts. E eu gosto muito de castanha do pará -- de maneira que é assim que é movido o Podcast Confraria S&Y #22, ao som do finado B.B. King e discutindo os hábitos de consumo de música nos dias de hoje. De quebra, dei duas dicas bacaninhas pra você leitor que é um cara esperto e com tempo: o jogo Chroma Squad e o livro Funny Girl, do grande Nick Hornby.

19 de mai. de 2015

Um papo com Sidney Gusman sobre a Graphic MSP

Desde 2012, sou fã incondicional da Graphic MSP. O nome pode parecer estranho, mas é uma das melhores ideias artísticas e de mercado que eu vi no mundo editorial brasileiro nos últimos anos: idealizada por Sidney Gusman, a série pega os personagens da Turma da Mônica (que todos nós crescemos lendo) e coloca-os em uma roupagem moderna e adulta, à moda das graphic novels. 

Nessa semana, chegou ao mercado a primeira edição de 2015, Penadinho - Vida, do casal Paulo Crumbim e Cristina Eiko. Para aproveitar, bati um papo com o Sidney Gusman, em uma entrevista reveladora e divertidíssima, no IGN Brasil. "O Brasil nunca teve um momento criativo tão bom nos quadrinhos quanto hoje", diz o Sidney. "Deixou de ser vergonha o cara dizer que lê quadrinho. A nerdaiada domina o mundo -- e isso é legal". Chega mais. 

15 de mai. de 2015

Catadão de Reviews


Além de ser repórter -- e me divertir bastante assinando matérias de quadrinhos, cinema e games brasileiros --, tenho voltado a praticar a arte das resenhas e dos reviews lá no IGN Brasil. Aqui, um catadão dos últimos textos bacanas que eu tenho escrito por aí. Vamos lá?

  • Chappie, de Neill Blomkamp
    Equilibrando diversão e boas reflexões, o sul-africano Neill Blomkamp faz grande cinema hollywoodiano e nos deixa ansiosos por sua futura versão de Alien.
  • Sid Meier's Starships
    Novo game do mítico criador de Civilization é ótimo para quem quer uma partida descompromissada sem ficar perdido no espaço
  • Battlefield Hardline
    A aposta em uma campanha com cara de seriado de TV e nos novos modos multiplayer resulta em um dos games mais interessantes do ano até agora.
  • Screamride
    O simulador de montanhas russas marca pontos pela jogabilidade variada, mas perde apelo ao ser jogado de novo (e de novo e de novo).
  • Mad Max: Estrada da Fúria, de George Miller
    Ver o novo Mad Max é uma experiência exasperante, como ser colocado em um carro andando a 200 km/h.
  • Para o Que Der e Vier, de Matthew Weiner
    Dirigido e escrito por criador de Mad Men, filme tenta, mas não chega aos pés da história de Don Draper e seus amigos.

12 de mai. de 2015

O Chatô dos Games



Acabou a espera: após quatro anos de desenvolvimento e muitos percalços, Toren está sendo lançado nessa terça-feira (12). Com orçamento de R$ 400 mil, o game da produtora Swordtales, de Porto Alegre, foi a primeira produção nacional a captar recursos através da Lei Rouanet, criada pelo Ministério da Cultura para incentivar a arte brasileira. Com versões para PC e PS4, Toren chega às lojas virtuais por R$ 19,99 e R$ 29,99 na PSN, e espera elevar o nível de qualidade dos games nacionais.

“Queremos ser um exemplo de qualidade e de superação. Ainda dá para contar nos dedos os jogos brasileiros que fazem isso”, diz Alessandro Martinello, diretor criativo da Swordtales, em entrevista ao IGN Brasil. Questionado a respeito da demora do lançamento do game, que já havia sido anunciado em temporadas anteriores, o executivo gaúcho diz que “o tempo que o jogo demorou foi o tempo comum que os jogos indies demoram quando são melhor produzidos”.

Com dinheiro público e quatro anos de desenvolvimento, houve quem chamasse Toren de 'o Chatô dos games'. Mas o game da produtora gaúcha Swordtales finalmente chegou às lojas -- e eu bati um papo bacana com o Alessandro Martinello para o IGN Brasil. Tem ainda também o review do game - que me lembrou a grande canção de Xuxa, "Lua de Cristal". 

11 de mai. de 2015

Os 20 anos do Guia dos Curiosos



Qual foi o primeiro nome do Mickey? Quais são os sete pecados capitais? Quantas bíblias são vendidas por minuto em todo o mundo? Essas informações todas -- e muitas outras -- podem parecer um amontoado de bobagens sem maiores pretensões. No entanto, elas ajudaram a criar um dos maiores best-sellers da história do Brasil, em um livro que juntava curiosidades com textos curtos e uma linguagem engraçada: O Guia dos Curiosos.

Realizei um sonho de infância (mais um) e fui bater um papo com o Marcelo Duarte sobre a série que me fez um cara curioso e cheio de informações chatas para soltar na mesa (da pizza com os pais?) do bar. Vem cá ler o texto inteiro, vem? 

30 de abr. de 2015

Mighty Morphin Brazilian Rangers

Ser dublê talvez seja uma das profissões mais chatas do mundo: afinal, você faz todo o trabalho sujo, e quem ganha o crédito é alguém com um rostinho bonito. Não é de se impressionar, porém, o que acontece com os cinco protagonistas de Chroma Squad, novo jogo da produtora brasiliense Behold: depois de um dia difícil nos trabalho, essa turma de cinco dublês joga tudo para o alto e resolve começar seu próprio seriado de super sentais -- séries de tevê japonesa com heróis coloridos e robôs gigantes.

Filmar as cenas desse novo programa de TV, criar fantasias com massinha de modelar e fita crepe, combater monstros e tentar ganhar algum dinheiro (e fãs) é a tarefa do jogador em Chroma Squad. Após dois anos de desenvolvimento e uma bem-sucedida campanha de crowdfunding no Kickstarter, arrecadando US$ 97 mil, Chroma chega às lojas virtuais (Steam, Humble Store, GOG, Splitplay e Nuuvem) para PC, Mac e Linux nessa quinta-feira (30), compondo uma interessante safra de games brasileiros neste ano de 2015.

Meu jogo brasileiro favorito desse ano até aqui, Chroma Squad é um exemplo a ser seguido pela indústria brasileira de videogames. Para quem quiser saber porque, deixo aqui a entrevista com o pessoal da Behold Studios, e também o meu review do jogo para o IGN. 

28 de abr. de 2015

Não Olhe Pra Trás

"Atenção, chegô Chatuba, hein! Atenção, chegô Chatuba, hein! Vamo esculachá!".

Na cidade que pode se gabar de ter algumas das mesquitas mais famosas do mundo, o time brasileiro da INTZ eSports se inspirava no vigor do funk da cidade fluminense de Mesquita para sentir confiança em seu jogo. Naquela quarta-feira, 22 de abril, os campeões brasileiros de League of Legends tinham três partidas pela frente no International Wild Card Invitational, e precisavam vencer a maioria delas para se manter vivos na competição. A decepção foi geral -- especialmente para quem achava que os brazucas eram favoritos no International Wild Card Invitational (IWCI). Não precisa estranhar a sigla: trata-se de um campeonato de League of Legends em Istambul realizado entre 21 (terça-feira) e 25 de abril (sábado). 

No ritmo do funk, no entanto, a incerteza do time da INTZ não aparecia -- o que se via no ônibus era um grupo de jovens empolgados, digno de qualquer turma de estudantes recém-chegados à universidade. Todos ali estavam fazendo sua primeira viagem para fora do país na vida, e a derrota não passava por suas cabeças, mais ocupadas em trocar mensagens em seus smartphones, fazer piadas de teor levemente sexual ou explicar para os jornalistas presentes como é que a brincadeira de conversar com a imprensa funcionava. "Tem três coisas que a gente não fala publicamente: comer, c* e mulher", explica Gabriel 'tockers' Claumann, um dos principais jogadores do time na competição, enquanto fazia caretas a cada vez que um repórter mostrava uma câmera. Líder por autoafirmação do time, o jungler Gabriel 'Revolta' Henud sintetiza a filosofia do grupo: "Se ligar uma câmera, eu vou de mozão a filho da p*** em apenas um minuto".

Passei uma semana em Istambul em abril acompanhando o time da INTZ eSports, campeões nacionais de League of Legends, durante a disputa do International Wild Card Invitational (IWCI). Além da cobertura do campeonato, que rolou no IGN Brasil, fiz esse texto, um retrato dessa turma de garotos em sua primeira viagem internacional, curtindo vitórias e derrotas. Chega mais -- e não esquece de colocar o Oasis pra tocar.