31 de mar. de 2014

7 Shows Para Ver no Lolla '14

Não há como negar, mesmo com todas as atrações ruins que tem pela frente: o Lollapalooza, que rola nesse fim de semana, é um dos momentos que eu mais tô esperando nesse primeiro semestre. Primeiro, pela tradicional reunião de amigos de todas as partes do Brasil, em botecagens pré e pós-festival, mas também dividindo filas, chuvas e refrões durante os shows. Segundo, porque, apesar do que Vandré disse ("a vida não se resume a festivais"), sempre é muito bacana juntar um monte de gente fina, elegante e sincera (e outros nem tanto) pra ver uma meia dúzia de shows bons e falar mal dos shows ruins. 

Terceiro, e não menos importante... os shows. E é deles que eu falo aqui neste texto: batuquei com a cabeça e achei que valia a pena escrever sobre os shows que eu mais tô esperando pra ver no Autódromo de Interlagos. Escolhi sete, tanto pelo número cabalístico quanto pelo conforto ideal de não ficar se atropelando. Vamos a eles. 

30 de mar. de 2014

Cinco Fotos: Gaudí

Um ano exato que eu estive em Barcelona, uma das cidades mais apaixonantes da Europa. Em uma espécie de anti-auto-celebração, a Cinco Fotos dessa semana faz um recorte da capital da Catalunha com quatro momentos de Gaudí e uma imagem pra pensar na vida enquanto não tem mais Kiosko nem pan con tomate na vida. Se você é uma pessoa esperta e vai a Barcelona em breve (ou pretende), aqui ficam minhas dicas

Vigia

29 de mar. de 2014

Pop, Girls, Etc #01: Tigres de Papel

Vamos lá: este é mais um projeto que eu começo neste ano e espero conseguir levar em frente. Nasceu inspirado da ideia de que eu ouço música demais, mas não quero ficar atulhando a timeline de vocês no Facebook ou no Twitter com minhas ideias. O que não significa que eu não goste de compartilhar boa música, mas também não significa que eu seja capaz de escrever sobre ela sempre que eu queira. Às vezes, tudo o que vale é um "ouve aí, irmão". Ou "moça". Enfim. 

Aqui nasce a Pop, Girls, Etc., uma homenagem (mais uma) direta a Alta Fidelidade, esse livro que os homens do século XXI gostam para tentar parecerem mais bacanas (risos). Desprendida de tempo e espaço, apenas uma seleção mais ou menos encaminhada do que eu tenho escutado ultimamente nos meus fones de ouvido. Chega mais.  


Pop, Girls, Etc. #01 - Tigres de Papel

Nevilton - "Sujeito de Sorte"
Neil Young - "Barstool Blues"
Manic Street Preachers - "(I Miss the) Tokyo Skyline"
Ornatos Violeta - "Dia Mau"
The Clash - "Death or Glory"
Elvis Costello - "Hope You're Happy Now"
Rubin Y Los Subtitulados - "Quien Debo Ser Esta Vez?"
Arthur Verocai - "Dedicada a Ela"
My Bloody Valentine - "Sometimes"
Jards Macalé - "Meu Amor Me Agarra & Geme & Treme & Chora & Mata"

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Para baixar e ouvir por aí
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26 de mar. de 2014

Melhor Hambúrguer da Cidade: TriBeCa

Acho que uma das coisas mais legais desde que eu comecei a escrever essa coluna é acompanhar o surgimento de casas bacanas por aí, especialmente em lugares que não tem "lanchonetes de bairro" clássicas para chamar de suas e, até pouco tempo atrás, sempre que queria um hambúrguer tinham de aceitar "alface, queijo, molho especial, cebola picles e um pão com gergelim".

É o caso de São Caetano - onde eu moro, hehe - que, além de X-Saladas de padaria e o McDonald's local, poucos lanches tinha a oferecer. A chegada de um shopping à cidade ajudou nesse sentido - já resenhamos aqui o America's da cidade, e também fomos ao Fifties local, sem escrever sobre ele. Mas é mais interessante ainda quando uma lanchonete de rua aparece e se mostra como uma boa opção para a cidade, capaz de fazer os caetanenses pensarem duas vezes em cruzar a Delamare ou a Via Anchieta para saborear um bom lanche. É o caso da Hamburgueria TriBeCa.

25 de mar. de 2014

Wah-Wah-Wah

Em uma casa no bairro da Pompeia, entre os anos 50 e 60, os irmãos Dias Baptista usavam sua garagem para travessuras e aventuras musicais. Arnaldo e Sérgio, os dois caçulas, se tornaram conhecidos por fazer parte de um dos grupos que marcou a história da música brasileiro, os Mutantes, mas só conseguiram fazer seu som graças às invenções do primogênito, Claudio César, que desde pequeno construía guitarras, baixos e pedais para seus irmãos e amigos próximos.

Meio século depois, outra casa no mesmo bairro parece se aproveitar da inspiração sessentista para inovar no universo da música, com o projeto de uma pedaleira inteligente chamada MOD Quadra, capaz de adicionar quaisquer efeitos imagináveis ao som de guitarras, baixos, teclados e até mesmo à voz humana ao gosto do artista.

Dei uma viajada a partir de um dos meus livros favoritos - A Divina Comédia dos Mutantes, do Carlos Calado - para escrever a abertura da matéria dessa semana no Link de papel sobre um projeto muito bacana: o MOD Quadra, misto de pedaleira digital com viagem software livre que pode mudar a cabeça (e o bolso e as gravações) de muito músico independente por aí. Se liga

24 de mar. de 2014

ESPECIAL: As 25 melhores músicas dos Pixies

"Eu estava tentando escrever a canção pop definitiva. Basicamente, tentando copiar os Pixies. Tenho que admitir. Quando os ouvi pela primeira vez, fiquei de tal maneira ligado a eles que achava que devia estar naquela banda - ou pelo menos em uma banda cover deles. Em 'Smells Like Teen Spirit', usamos sua dinâmica, sendo leve e calmo e depois alto e pesado". As frases de Kurt Cobain, em uma entrevista de 1994 à revista americana Rolling Stone, explicando o método de composição da faixa de abertura de Nevermind talvez tenham sido a melhor definição sobre as canções que os Pixies faziam, além de ter em apresentado a banda para um monte de gente. Mas seria inglório resumir o grupo de Frank Black, Kim Deal, David Lovering e Joey Santiago apenas a essa citação - seu mérito na história do rock é maior do que muita gente pode supor. 

Criado em 1986, em Boston, Massachusetts ("please!", como eles mesmo diriam em "U-Mass"), o Pixies pode ser considerado um dos principais pilares do efervescente rock americano dos anos 80, ao lado de bandas como R.E.M, Husker Du, Black Flag e Sonic Youth, responsáveis por boa parte da energia que fez o rock ressurgir a partir de 1991, em uma época onde Michael Jackson, Madonna e Axl Rose imperavam. 

Com letras surrealistas, riffs de guitarra dementes, ritmos de bateria mais insanos que um trem desgovernado e toda a delícia pop do baixo de Kim Deal fazendo a cama para a dinâmica LOUDquietLOUD, o quarteto marcou época com discos como Surfer Rosa, Doolittle e Trompe Le Monde, mas teve fim abrupto em 1993, quando Frank Black terminou com a banda enquanto falava a uma revista, saiu em carreira solo, deixando Deal livre para cantar com a irmã Kelly nos Breeders e David Lovering solto à sua própria sorte com truques de mágica. Ainda nos anos 1990, a banda conquistou uma nova geração de fãs graças a David Fincher e o seu Clube da Luta - "Where's My Mind" encerra um dos filmes mais icônicos daquela década, em uma cena que levou o quarto lugar na votação das "melhores cenas musicais de todos os tempos". 

A história da banda parecia ter novo final feliz em 2004, quando o Coachella fez um ataque a seus cofres para financiar a reunião da banda, que se estendeu até o início de 2013, quando Kim Deal deixou o grupo. Foi tempo para duas passagens pelo Brasil (uma em 2004, no Curitiba Pop Festival, e a outra em 2010, no finado SWU). Eu era muito pirralho para a primeira, mas estive lá enfrentando o frio e o transporte para ver a banda em Itu, em um dos shows mais marcantes da minha vida (mesmo que Frank Black pareça um boneco de corda em cima do palco, sendo também o único rockstar a usar moletom na história da humanidade). Agora, em abril, a banda volta ao País como uma das principais atrações do Lollapalooza, com a argentina Paz Lenchantin (QOTSA, A Perfect Circle) substituindo a Mrs. John Murphy. E volta com um novo disco: Indie Cindy, a ser lançado em abril, reúne as faixas de três EPs gravados pela banda recentemente entre o meio de 2013 e o começo de 2014, chamados honestamente de EP1, EP2 EP3.

Como já fez com Blur, Bruce Springsteen, R.E.M. e cinema, o Pergunte ao Pop aproveita a ocasião para unir amigos, jornalistas, músicos, críticos de música, "tuiteros" e gente que sabe o que ouve para escolher as melhores músicas do quarteto - incluindo um de seus integrantes, o baterista David Lovering, recentemente entrevistado pelo amigo João Vitor Medeiros.

O critério é mesmo de sempre: cada um escolheu suas cinco favoritas, que receberam pontuação equivalente (5 pontos para o 1º lugar, 4 para o segundo...). São 50 votantes, 45 músicas citadas de todas as fases da banda (da estreia com Surfer Rosa até os três recentes EPs que o grupo trouxe ao mundo), incluindo covers e lados-B espertíssimos. A seguir, você confere as 25 canções mais bem votadas (todas elas precisaram de ao menos duas menções para estar nessa lista, que pode ser conferida por aqui), junto com justificativas sobre cada música, e a lista dos votantes. Ao final da lista, uma playlist do Grooveshark com as 25 músicas acompanha a leitura deste texto. 

Uuuuh... STOP!

23 de mar. de 2014

Cinco Fotos: Atenas Antiga

Completando o post da semana passada sobre Atenas (uma cidade muito sensacional para ficar restrita a apenas um 5fotos), mais imagens (desta vez selecionadas em ambientes ~milenares~ da capital grega). Já falei dela várias vezes aqui no blog - incluindo um roteirinho com dicas bem legais sobre a cidade, que você pode ler aqui. A primeira imagem deste texto não é nem um pouco nova aqui no blog, mas continua sendo uma das minhas fotos favoritas da vida toda.

El Camino

21 de mar. de 2014

Passarinho Azul


Mais duas coisas bacanas pro Link nessa semana que passou - e que, parece, meu Deus, não acaba nunca (como as discussões sobre o Marco Civil da Internet e... os Titãs). Hoje, sexta-feira, o Twitter faz oito anos de aniversário, e para marcar a data fiz dois textos legais para o jornal do bairro do Limão: na quarta, bati um papo com o Guilherme Ribenboim, diretor do Twitter no Brasil, sobre o primeiro ano de operações da empresa aqui no país, com escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo e muitas parcerias com TV e publicidade - além da frase marcante dele: "Somos uma rede de interesses, não uma rede social".

Ontem, aproveitei o gancho de uma ferramenta que a empresa disponibilizou para mostrar "o primeiro tweet" de qualquer pessoa e fiz um especialzinho pro Estadão, incluindo as contas do jornal, Obama, Dilma, Neymar e até o meu próprio primeiro tweet. Hehe. 

20 de mar. de 2014

Mas Que Mario?


Um é pouco, dois é bom, três é ainda melhor: já contei para vocês sobre o LOL, meu blog de memes & zoeira no Estadão, certo? Pois então: agora, além do LOL e deste espaço fino, elegante e sincero, comecei mais uma empreitada bloguística (ai) essa semana. Ao lado do Murilo Roncolato, meu parceiro de Link, e do Luiz Fernando Toledo, prodígio do núcleo multimídia do BigState, resolvemos botar a mão... nos controles e ressucitar um dos blogs mais queridos do Link: o Que Mario?, voltado para análises, zoações, lançamentos e vídeos sobre games. Por enquanto, ainda tem pouca coisa por lá, a casa é humilde mas tem bastante espaço pra entrar. E como a gente não pode passar sem música, um clássico do rrrrrock gaúcho pra rebater: "Conhece o Mario", do Maria do Relento.

18 de mar. de 2014

Melhor Hambúrguer da Cidade: Nico Hamburgueria

Às vezes, entrar em uma hamburgueria é fazer uma viagem cósmica: no The Rockets (péssimo hambúrguer, ótimo ambiente), a passagem é só de ida para os anos 50; no grande Seu Oswaldo, parece que alguma coisa se perdeu no meio dos anos 70 como um boteco com balcões e banquinhos. Ali mesmo, no Ipiranga, existe outra boa hamburgueria que também propõe um passeio aos seus clientes: a Nico Hamburgueria (na Rua Cisplatina, 31), do mesmo dono da pizzaria Sala Vip, do Bar do Nico e da cantina Nico Pasta & Basta. Toda decorada com brinquedos, relíquias de antiquário e miniaturas, a casa conquista o visitante à primeira vista por seu caráter todo charmoso. Mas charme não é suficiente para encher a barriga, então mãos (haha) à obra. 

17 de mar. de 2014

Blockbusters e Caudas Longas


“Invista pesado ou volte para casa.” A frase da professora de Harvard Anita Elberse impressiona à primeira vista, mas explica com precisão a estratégia do entretenimento de sucesso, descrita por ela em Blockbusters, livro lançado no Brasil em janeiro pela editora Elsevier. No livro, Elberse explica, com base em números e declarações de executivos e artistas, por que estúdios de cinema, gravadoras, editoras e até mesmo times de futebol têm apostado cada vez mais em poucos títulos que têm chance de ter sucesso. “Há muitos produtos bons que não conseguem lucro – essa estratégia é a saída para eles conquistarem fãs e ganharem dinheiro”, diz.

Entrevistei para a edição impressa do Link de hoje uma professora de Harvard que acredita que o futuro é dos blockbusters e manda um beijinho no ombro para a cauda longa do Chris Anderson (um livro que fez a cabeça de 10 entre 10 artistas independentes que pensam a música como negócio nos anos 2000). Acho as opiniões da senhora Elberse um bocado enviesadas (e puxadas para o lado do mainstream), mas seu livro oferece números bem interessantes. Para se pensar se a história dos nichos e nanomercados realmente funciona - ou se os dois modelos podem coexistir em paz. Chega mais. 

16 de mar. de 2014

Cinco Fotos: Atenas Moderna

Atenas é, de longe, uma das cidades mais legais que existem. Tem história, tem comida boa, um povo maluco que não fala inglês direito, mas quer muito te ajudar, e sol, muito sol. Já falei dela várias vezes aqui no blog - incluindo um roteirinho com dicas bem legais sobre a cidade, que você pode ler aqui. É uma cidade tão daora que provavelmente deve ter outra parte do 5 fotos. Vamos acompanhar. 

Nove Meses

13 de mar. de 2014

Ainda Queima a Esperança


O mundo da música (da indústria do entretenimento em geral, e isso inclui até mesmo os esportes) adora um grande 'comeback': o retorno de um artista que passou tempos no ostracismo, a despeito de seus primeiros sucessos, ou que nunca foi valorizado comercialmente mas deixou sua marca na história. Há até quem tenha ficado mais poderoso depois do "comeback" - vale citar o caso de Johnny Cash, descoberto por uma nova geração a partir da série American Recordings promovida pelo produtor Rick Rubin.

No Brasil, a história não é diferente: um caso de sucesso foi a série de homenagens prestadas aos artistas considerados 'bregas' após a publicação do livro Eu Não Sou Cachorro Não, do historiador Paulo César de Araújo, que resgatou nomes como Waldick Soriano e Odair José. Na noite do último dia 19, um novo capítulo pode ter começado a ser escrito para a ex-mulher de Odair, Diana, que foi convidada pela cantora Bárbara Eugênia para revisitar no palco do SESC Pinheiros seu disco de 1972, Diana, produzido por ninguém menos que Raul Seixas.

12 de mar. de 2014

Melhor Hambúrguer da Cidade: Hambúrgueria 162

A coluna dessa semana é um daqueles casos de texto que deveriam ter sido escritos há muito tempo, mas, sabe se lá porque, ficaram perdidos no espaço. Falamos aqui da Hamburgueria 162, dona de uma das vistas mais charmosas de São Paulo, localizada no segundo andar da esquina da Augusta com a Luís Coelho, um quarteirão para baixo da Paulista (e do metrô, o que é sempre uma coisa boa pra este escritor durango) - além desta, a casa tem uma filial na Augusta por volta do número 500, um ponto estratégico para a larica antes ou depois das baladas ali por perto (como Beco, Da Leoni, Lab Club e Astronete, por exemplo). 

11 de mar. de 2014

Lolla 2014: Programação

O Lolla 2014 está chegando. Enquanto o Pergunte ao Pop prepara um especial bacana do jeito que vocês conhecem e gostam, a organização do festival divulgou hoje os horários das apresentações nos dias 5 e 6 de abril. 

Confesso que a organização dos shows me surpreendeu - quase nada que eu quero ver ficou encavalado, à exceção dos cinco minutos (apenas) de diferença entre o show do Vampire Weekend e dos Pixies (solução, óbvio, é perder o comecinho da nova formação da turma de Frank Black). Abaixo, a minha programação para o festival - asteriscos indicam aquele famoso... "é o que eu programei, mas cerveja e um bom hambúrguer podem me fazer esquecer esse show" ou "mais cinco minutinhos na cama, vai?".


Sábado - 5 de abril

12h05 - Vespas Mandarinas*
13h10 - SILVA
15h30 - Café Tacvba
18h30 - Lorde
19h55 - NIN
21h30 - Disclosure*

Domingo - 6 de abril

12h15 - Apanhador Só
13h30 - Raimundos*
14h20 - Johnny Marr
16h30 - Vampire Weekend
17h35 - Pixies
18h55 - Soundgarden*
20h30 - Arcade Fire

3 Perguntas: Jair Naves, Will Prestes, Boogarins


Muita coisa rolando ao mesmo tempo, e nessas eu nem tive tempo de comentar sobre três entrevistinhas curtas (mas bem legais) que eu fiz nos últimos tempos para o Scream & Yell. A ideia sobre as três é bastante simples: um entrevistado, um fato maior e três perguntas básicas para ele, jogo rápido para o leitor ter informação e o jornalista não se sentir mal por não conseguir dedicar tempo a coisas bacanudas. Nessa vez, falei com Jair Naves, Will Prestes e Boogarins, cada um por motivos diferentes. 

A entrevista com o Jair reflete a turnê do primeiro disco solo dele e a campanha de crowdfunding para financiar o segundo trabalho do rapaz, que é um dos melhores compositores da sua geração. Já o papo com o Will, conhecido por suas letras divertidas e riffs chicletudos com a Wonkavision, fala sobre seu novo projeto, o WAHGEE, que bebe do folk e do country com canções para cantar com a mão no coração. Os Boogarins já são uma conversa antiga, de dezembro do ano passado, refletindo sobre o hype e a influência sessentista dos goianos. Lê aí. :)

9 de mar. de 2014

Cinco Fotos: Queluz

Queluz é uma cidade da região metropolitana de Lisboa, e, não fosse o Palácio Nacional que leva o nome do lugar, conhecido por ser residência de veraneio dos reis de Portugal (e berço do 'nosso' D. Pedro I, que nasceu no quarto Dom Quixote da construção), poderia ser facilmente considerada uma Mauá lusitana. Estive lá durante uma tarde no ano passado, e aproveitei para fazer algumas fotos - as melhores delas vocês podem ver aqui. O Palácio Nacional de Queluz (que você vê na terceira foto) é bem bacana - um dos mais legais que eu vi por lá, na verdade - e a entrada custa entre 7 e 8,50 euros. Para chegar lá, é preciso pegar em Lisboa algum trem da CP (Comboios de Portugal), que vá para a Linha de Sintra. Recomendo. 

Quarto Sem Porta

7 de mar. de 2014

Twitch, Pokémon & Suzane

Mais uma vez, deixei passar batido por aqui três matérias bem legais que eu fiz pro Link na última semana. Ainda bem que a memória funciona a tempo, né? Enfim: na edição impressa da segunda-feira, contribuí com a matéria principal da semana falando sobre o Twitch, um serviço de transmissão de jogos em tempo real que têm atraído cada vez mais audiência, chegando até a bater o número de espectadores em alguns jogos de futebol transmitidos pela TV aberta, além de gerar uma série de narradores e atletas dos teclados e controles que viram ídolos na internet. 

Como complemento, a edição ainda trazia uma pequena reflexão sobre o Twitch Plays Pokémon, uma maluquice que atraiu mais de 37 milhões de pessoas (para assistir) uma partida coletiva do melhor jogo já feito para Game Boy, na qual qualquer jogador poderia mandar comandos, que seriam lidos pelo programa e utilizados na partida. A história é incrível - e mostrou como a internet pode ser uma baita ferramenta de inteligência coletiva (ou não), além de gerar uma meia dúzia de memes altamente maravilhosos. 

Por fim, mas não menos importante, entrevistei o criador de Suzy and Freedom, um jogo com uma premissa polêmica: recriar o caso von Richthofen pelo ponto de vista dos assassinos (Suzane e os irmãos Cravinhos), tentando entender a motivação que leva uma pessoa a querer matar alguém (seus pais, mais especificamente). Você pode achar macabro, assustador ou oportunista: não importa, porque o jogo é incrível - muito em grande parte por sua narrativa empolgante. 

6 de mar. de 2014

Melhor Hambúrguer da Cidade: Vinil Burger

Uma das piores manias de um colunista é começar seu texto com "na minha última coluna, falei sobre...", mas vou ter que adotá-la desta vez. Na minha última coluna, falei sobre o Na Garagem, uma hamburgueria artesanal em Pinheiros cujo mote poderia ser "menos é mais", uma vez que o lugar oferece apenas dois tipos de lanches, batata frita e algumas poucas opções de bebida. Perto dali, outra lanchonete razoavelmente nova adotou uma proposta ainda mais radical: você tem apenas uma opção de lanche, sem acompanhamentos, e com apenas algumas opções de bebidas (refris, sucos orgânicos e cervejas especiais selecionadas pela casa). É o Vinil Burger, que também dá nome à casa, localizada na esquina entre as ruas Padre Carvalho e Vupabussu, em Pinheiros, do lado do famoso boteco Pirajá (e a duas quadras do Empório Alto de Pinheiros, uma grande casa cervejeira de São Paulo, onde eu pude reencontrar as sidras que tanto fizeram minha alegria na Inglaterra e na Irlanda. Mas isso é outra história). 

"Nos outros lugares, você monta o seu lanche. Aqui, você desmonta", me explicou a garçonete assim que eu cheguei. Ou melhor: balconista, porque você pede o lanche no balcão, espera pela sua senha e come no mesmo balcão. Pois bem: por R$ 19,00, o Vinil Burger original é um verdadeiro monstro de recheios: além dos convencionais carne e queijo (dá pra escolher entre prato, cheddar, mussarela ou provolone), o lanche ainda tem salada (alface e tomate), bacon, picles, cebola desidratada e cebola caramelizada.

5 de mar. de 2014

Folia do Rock: Audac, Supercordas & Holger



Carnaval para quem não é de carnaval: talvez essa tenha sido a proposta nada inovadora, mas ainda assim interessante que percorreu a cabeça dos curadores do SESC Pinheiros para organizar a série de shows Folia do Rock, que reuniu doze bandas independentes de rock em quatro dias diferentes para trocar pandeiro e cavaquinho por guitarras e teclados. O Pergunte ao Pop esteve no bairro mais alemão de São Paulo para conferir o primeiro dia de programação, com a novata Audac, os lisérgicos Supercordas e a porra-louquice vilamadalênica do Holger, com direito à participação do mestre João Parahyba na percussão.